segunda-feira, março 25, 2019

Se ela sorrir...


Sentir-me só em forma de gotas no dia em que me morreste. Morreste-me ou mataste-me. Morreste-me ou mataste-me, e perdoa-me se nunca cheguei a compreender. Sim, perdoa-me, pois não compreendendo nunca quis que me morresses ou nunca deixei que me matasses, e não querendo, lutei vezes sem conta, vezes de mais, para que te lembrasses sempre de mim. Pedir-te que não te esquecesses de mim, constantemente nunca foi tão difícil, por me lembrar de como estávamos sempre juntos. Ainda peço, como se houvesse à frente do tempo, um encontro de olhares, um encanto qualquer no pedir que nos encontremos na casualidade dos acontecimentos da vida. Não sei de momentos em que não te queira lembrar. E no entanto creio que no pensamento há uma realidade que, tendo tanta força como têm as emoções do coração, me diz que na verdade já não estás aqui.